Braskem usou documentos falsos para ocultar propina
Empresa do mercado químico pertencente a Odebrecht movimentou cerca de R$ 963 milhões
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Política Corrupção
A Braskem, braço químico da Odebrecht, “falsificou livros e registros” para esconder o destino de 175 milhões dos 250 milhões de dólares - cerca de 813 milhões de reais - pagos em propina a brasileiros, segundo apontou documentos das autoridades norte-americanas.
De acordo com a Folha de S.Paulo, os recursos pagos identificados foram, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, justificados irregularmente através de “contratos fictícios”. Entre os que receberam a propina, estão governadores, membros do governo federal, congressistas e executivos.
Ao todo, a troca de benefícios indevidos movimentou cerca de 963 milhões. Em 2005, por exemplo, a Braskem pagou propina a Petrobras para manter contratos assinados com a estatal, que queria inicialmente romper com a empresa do grupo Odebrecht.
Ainda segundo a Folha, os documentos apontam que a Braskem chegou a doar R$ 800 mil a um dos governadores para as campanhas de 2006 e 2010.