'Centrão' deve lançar mais de um candidato à presidência da Câmara
Bloco buscava candidatura única, mas líderes de PTB e PSD insistem em concorrer ao cargo
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A disputa para a liderança da Câmara dos Deputados, que acontecerá no dia 2 de fevereiro, promete ser acirrada. O atual presidente da Casa, Rodrigo Maia, tentará a reeleição, apesar da Constituição vetar a sua candidatura.
Para permitir que Maia concorra, a base aliada argumenta que a proibição vale apenas para candidatos eleitos. Como o atual presidente assumiu um mandato-tampão, ele poderia concorrer. O Supremo Tribunal Federal (STF) ficou encarregado da decisão, segundo a Folha de S. Paulo.
O chamado "centrão" deve lançar o principal adversário de Maia, mas o grupo ainda está dividido.
De acordo com o G1, os líderes do bloco idealizado por Eduardo Cunha anunciaram que iriam lançar uma candidatura até o fim do ano que represente as 12 legendas do grupo (PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL), mas o bloco ainda não chegou a um acordo.
Os deputados Jovair Arantes (PTB) e Rogério Rosso (PSD) contaram ao G1 que irão disputar a presidência da Câmara com ou sem o aval do grupo.
"Não existe candidatura do 'Centrão'. A minha candidatura é individual, estamos jogando nessa direção. Uma candidatura avulsa não precisa do apoio de partidos, até porque na Câmara temos um colégio eleitoral grande, de 512 deputados", disse Arantes. "Não existe essa de que eu vou esperar para alguém recuar. Quanto mais apoio tiver, melhor. Hoje eu sou candidato", complementou.
Já Rosso ganhou projeção nacional ao presidir a comissão especial da Câmara para analisar o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff. "Mantenho minha candidatura. Porém, vou buscar o consenso e o bom senso de todos", disse o deputado.
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