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Governo Temer negou ajuda para conter crise nos presídios de Roraima

Ofícios foram enviados pela governadora do Estado, mas ministro da Justiça disse que infelizmente não poderia atender ao seu pleito

Governo Temer negou ajuda para conter
crise nos presídios de Roraima
Notícias ao Minuto Brasil

14:43 - 06/01/17 por Notícias Ao Minuto

Política Descaso

A governadora de Roraima, Maria Suely Campos (PP), havia pedido ajuda ao governo federal para conter as rebeliões e o clima de tensão nos presídios do Estado, em novembro do ano passado.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, em resposta à solicitação, o Ministério da Justiça declarou, por meio de ofício, que "apesar do reconhecimento da importância do pedido de Vossa Excelência, infelizmente, por ora, não poderemos atender ao seu pleito".

Menos de dois meses depois, nesta sexta-feira (6), 33 detentos morreram no Estado vítimas de confronto entre grupos rivais. A matança ocorre dias depois de uma rebelião no complexo prisional do Amazonas ter causado a morte de 60 presos.

Nos ofícios enviados ao ministro Alexandre de Moraes, a governadora solicitou, em caráter de urgência, apoio do governo federal, bem como da Força Nacional de Segurança. Mas o ministro alegou que a Força Nacional já estava em fase de preparação para uma operação de combate a homicídios e violência doméstica nos 26 Estados e no distrito Federal.

Maria Suely Campos também solicitou a doação de 180 pistolas que deveriam ser destinadas ao controle penitenciário. Ela citou ainda que o sistema carcerário em Roraima encontrava-se sob grande clima de tensão, devido a brigas entre membros do CV (Comando Vermelho) e do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em entrevista na tarde desta sexta (6), o ministro Alexandre de Moraes disse que o pedido de Roraima foi negado pois se tratava de uma solicitação de auxílio à "segurança pública" comum, decorrente da presença de traficantes vindos da Venezuela. Segundo o ministro, o pedido não era específico à questão carcerária.

Os ofícios trocados entre ele e o governo de Roraima, no entanto, contradizem a afirmação.

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