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Ex-mulher réu do mensalão sofre ameaças e pede asilo nos EUA

Temendo pela própria segurança, Maria Christina Mendes Caldeira deixa o Brasil com sua cachorrinha Fé e poucas mudas de roupa

Notícias ao Minuto Brasil

09:02 - 09/01/17 por Notícias Ao Minuto

Política Ex-Deputado

Maria Christina Mendes Caldeira, a ex-mulher do ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, diz que deixou o Brasil com a sua cachorrinha Fé e com poucas mudas de roupa. Ela pediu asilo aos Estados Unidos, onde se encontra desde o dia 5 de janeiro.

A ex-mulher do ex-deputado disse às autoridades norte-americanas que sofre ameaças no Brasil por ter em mãos um dossiê que atinge o ex-marido e outros políticos de peso, como ex-presidente Lula e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

O governo norte-americano está analisando o seu pedido de asilo. Enquanto isso, ela aguarda em local desconhecido e com identidade trocada.

Segundo informações repassadas pela sua advogada, Maristela Basso, à Folha de S. Paulo, ela teria oferecido a papelada para procuradores brasileiros mas, como não houve garantia de segurança, decidiu procurar ajuda no exterior. 

De acordo com a advogada, Maria Christina vai entregar ao Departamento de Justiça dos EUA documentos que descrevem operações financeiras em contas e offshores do ex-marido e de seus aliados políticos.

Os papéis revelariam também a existência de dois cofres alugados em bancos no Uruguai e em Portugal, onde políticos brasileiros guardariam diamantes de operações feitas na África.

Já os dados do dossiê teriam sido obtidos por uma empresa americana especializada em rastrear atos de lavagem de dinheiro e corrupção, contratada por Maria Christina assim que o casamento com o ex-deputado começou a degringolar.

Ainda segundo a Folha, Valdemar, então presidente do PL, que hoje é PR, foi denunciado no mensalão acusado de embolsar dinheiro em troca do apoio de seu partido ao governo Lula e, depois, foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em 2013. Ficou 11 meses na cadeia até receber o benefício da prisão domiciliar. No ano passado o ministro Luís Roberto Barroso (STF) perdoou sua pena. 

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