PSDB reage contra associação de Alckmin ao PSB
Dirigentes do partido atual do governador afirmam possível mudança de partido de Alckmin seria traumática
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Política Movimentação
A relação que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem com o seu vice, Márcio França, e o seu partido, o PSB, está incomodando membros do diretório estadual do PSDB. Há quem alegue que o tucano tem a intenção de mudar de sigla para as eleições de 2018.
Segundo aponta a Folha de S. Paulo, dirigentes do partido atual do governador afirmam que esta possível mudança seria traumática. Se deixar a sigla, Alckmin poderá levar essências do partido com ele.
Membros do PSDB consideram um erro a saída do governador sem antes tentar dialogar com os tucanos.
Uma preocupação da sigla seria o governo do estado de São Paulo, liderado pelo PSDB há 20 anos. A matéria menciona que a candidatura do vice Márcio França para o governo do estado é o esperado para 2018.
Na última segunda-feira (9), uma discussão envolvendo o tema veio à tona entre os tucanos paulistas. Eles não admitem a possibilidade de perderem espaço no estado. Para isso, decidiram sabotar a candidatura do prefeito de Santos, Paulo Barbosa (PSDB) à presidência da sigla em São Paulo, pois Barbosa também é muito ligado a França.
No fim, os tucanos decidiram prorrogar o mandato do atual presidente estadual da sigla, Pedro Tobias.
"Sempre apoiei Geraldo Alckmin, mesmo quando ele estava sozinho, em 2008 [quando se candidatou a prefeito de SP], eu estava lá. E continuarei assim", afirmou Tobias. "Onde ele decidir ser candidato,contará com o meu apoio e com o do PSDB de São Paulo, mas nós não abrimos mão de ter um nome na disputa pelo governo do Estado em 2018", concluiu.
Esta manobra fez cair por terra o discurso dos tucanos paulista quando o senador Aécio Neves fez um esquema semelhante para se manter na presidência nacional do PSDB. Na época, opositores disseram que ele tinha dado um golpe e prometeram que São Paulo daria o exemplo do que é democracia.
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