Governadores cobram mais apoio de Temer contra crise prisional
Representantes do Amazonas, Roraima e do Rio Grande do Norte querem atuação da Força Nacional também dentro dos presídios e reclamam da falta de respostas aos pedidos de transferência de presos para penitenciárias federais
© Reuters / Ueslei Marcelino
Política Após massacres
Os Estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, onde o clima é de tensão dentro dos presídio e que já contabilizam a morte de 134 detentos, desde o início do ano, durante rebeliões, cobram mais apoio ao presidente Michel Temer.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, os governadores dos estados reivindicam, principalmente, a liberação de agentes da Força Nacional (FN) para atuar dentro das penitenciárias. Eles também reclamam da falta de resposta a pedidos de transferência de detentos para penitenciárias federais.
O Ministério da Justiça afirma que as solicitações dos Estados estão em análise. Mas a pasta já havia refutado a participação de agentes da Força Nacional na área interna dos presídios.
"A Força Nacional pode fazer barreiras, recuperação de presos, perímetro das penitenciárias e a custódia de deslocamento de presos. Mais do que isso, não pode. Não éque eu não queira, é que não pode", afirmou Moraes à Folha na semana passada.
O governador do Amazonas, José Melo (Pros), enviou ofício ao ministro da Justiça, na última sexta-feira (13) com a solicitação. O mesmo foi feito pela governadora de Roraima, Suely Silva Campos, e pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).
Moraes e Temer vão se reunir reunir com secretários de Justiça e de Segurança Pública das demais unidades da Federação, nesta terça-feira (17), para tratar da crise na penitenciária.
Na reunião, o governo federal deve cobrar agilidade na construção de presídios estaduais com recursos da União, sugerindo um regime diferenciado de contratação ou parcerias com a iniciativa privada como contrapartida ao investimento federal de R$ 870 milhões para 25 presídios.
O mesmo modelo será adotado pelo Palácio do Planalto para construir, ainda em 2017, cinco presídios federais de segurança máxima para chefes de facções criminosas.
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