O prefeito de São Paulo João Doria revela a prioridade do seu governo a partir de agora: fazer o maior programa de privatização que um município brasileiro já viu. Sobre as polêmicas que envolvem as pichações apagadas por sua equipe, o político é categórico: "fiz porque tinha de fazer. Respeito e amparo os grafiteiros e muralistas. (...) Pichadores merecem a lei e a prisão", acredita Doria.

Há pouco mais de um mês a frente da prefeitura da maior cidade do país, Doria está longe de passar despercebido.

Com um marketing forte, diversas ações públicas nas quais usa trajes de garis ou anda de cadeira de rodas, por exemplo, e medidas que dividiram a opinião da população, como abolir as pichações icônicas do centro da cidade, o prefeito promete "enfiar o dedo na ferida" mais uma vez e privatizar o autódromo de Interlagos, o sambódromo do Anhembi, o estádio do Pacaembu, cemitérios, entre outras áreas até então sob a administração municipal. “Quero que todo esse processo seja concluído, na sua maioria, até o final de 2017”, diz

Vamos ter boa relação com a Câmara. Estou muito tranquilo em relação a isso. Mas precisamos tratar desse assunto das desestatizações com seriedade. Porque são muitos projetos."

Sobre os escassos recursos disponíveis no caixa da prefeitura, Doria diz que não vai criticar a gestão anterior de Fernando Haddad e afirma já ter orientado a sua equipe a buscar soluções criativas e trabalhar com o que tem. "A população votou em nós para resolver os problemas. Viramos a página. Culpar a gestão anterior não funciona", afirmou Doria. "É possível fazer boa gestão independentemente de ter dinheiro", garante ele em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em relação às críticas que tem recebido por realizar parcerias com o setor privado, o prefeito enfatiza que "o único vínculo criado é o da cidadania". "Isso está sendo feito em prol da sociedade. Já são mais de R$ 30 milhões de serviços realizados pela cidade nesse modelo de parceria com as empresas".

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