Temer altera linha de defesa no TSE após convocação de Odebrecht
Empreiteiro vai depor na tarde desta quarta-feira em Curitiba e pode envolver nome de presidente em esquemas de doação de campanha
© REUTERS/Adriano Machado
Política Julgamento
A defesa do presidente Michel Temer decidiu mudar a estratégia de defesa na ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a confirmação do depoimento do empreiteiro Marcelo Odebrecht no caso.
A avaliação é de que o empresário pode implicar o nome de Temer em pelo menos dois episódios envolvendo esquemas suspeitos. O depoimento está previsto para a tarde desta quarta-feira (1º) em Curitiba.
De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, Odebrecht pode mencionar um jantar em que Temer e Marcelo combinaram doações para o PMDB, em 2014, além de um episódio que envolve repasses em troca de apoio a partidos da coligação que elegeu a ex-presidente Dilma Rousseff e o peemedebista em 2014.
Com isso, peemedebistas já debatem a necessidade de produzir uma contraprova - que pode ser testemunhal, documental ou pericial- caso o depoimento de Marcelo seja "relevante", nas palavras de um assessor de Temer.
Até então, o presidente vinha adotando o discurso de que era um mero beneficiário na chapa Dilma-Temer, sem provas diretas contra ele. A ideia era encurtar o processo. Agora, com a possível convocação de testemunhas, aliados do presidente avaliam esticar o caso.
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