Dilma diz que Marcelo Odebrecht mentiu em depoimento ao TSE
Ex-presidente contesta diversas informações que o empreiteiro teria dito à Justiça Federal na quarta-feira (1º)
© REUTERS/Andres Stapff
Política Resposta
A assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma Rousseff constestou, nesta quinta-feira (2), informações do depoimento do empreiteiro Marcelo Odebrecht. O empresário foi ouvido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta (1º), em Curitiba.
O ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome teria dito que 4/5 de um total de R$ 150 milhões destinados pela Odebrecht para a campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer em 2014 foram por meio de caixa 2. O depoimento do empresário implicou pessoas como o marqueteiro do PT João Santana e o ex-ministro Guido Mantega.
Dilma rebate as informações e afirma que Mantega não foi indicado para ser seu "representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais". A assessoria da ex-presidente também acusa a imprensa de veicular informações "truncadas" sobre o caso.
Leia a íntegra da nota
Sobre as declarações do empresário Marcelo Odebrecht em depoimento à Justiça Eleitoral, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff afirma:
1. É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014.
2. Também não é verdade que Dilma Rousseff tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega como seu representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais. Nas duas eleições, foram designados tesoureiros, de acordo com a legislação. O próprio ex-ministro Guido Mantega desmentiu tal informação.
3. A insistência em impor à ex-presidenta uma conduta suspeita ou lesiva à democracia ou ao processo eleitoral é um insulto à sua honestidade e um despropósito a quem quer conhecer a verdade sobre os fatos.
4. Estranhamente, são divulgadas à imprensa, sempre de maneira seletiva, trechos de declarações ou informações truncadas. E ocorrem justamente quando vêm à tona novas suspeitas contra os artífices do Golpe de 2016, que resultou no impeachment da ex-presidenta da República.
5. Dilma Rousseff tem a certeza de que a verdade irá prevalecer e o caráter lesivo das acusações infundadas será reparado na própria Justiça.
6. Por fim, cabe reiterar que todas as doações às campanhas de Dilma Rousseff foram feitas de acordo com a legislação, tendo as duas prestações de contas sido aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.