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PF errou em investigação sobre grampo na cela de Youssef

Informação foi desmentida por agente da Polícia Federal

PF errou em investigação sobre grampo na cela de Youssef
Notícias ao Minuto Brasil

10:58 - 05/03/17 por Notícias Ao Minuto

Política Mistério

Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal concluiu que houve um erro na primeira sindicância sobre a instalação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef. As investigações apontaram, equivocadamente, que a escuta havia sido colocada lá antes da chegada de Youssef no presídio, em março de 2014, e que ela estava inativa, mas informação foi desmentida por agente.

O doleiro foi preso em março de 2014, na primeira fase da Operação Lava Jato. Um mês depois, ele encontrou o grampo em sua cela, o que fez com que uma apuração interna fosse solicitada pelo seu advogado. A investigação foi conduzida pelo delegado Mauricio Moscardi, da equipe da força-tarefa.

O resultado da primeira sindicância se deu por conta do depoimento do agente Dalmey Werlang, que afirmou que o grampo já estava lá quando o doleiro foi preso, mas que não funcionava. Outro ponto levado em conta foi o fato da cela ser ocupada anteriormente pelo traficante Fernandinho Beira-Mar.

No entanto, quase um ano depois de prestar o depoimento, o agente mudou sua versão e acusou os superiores dele de pedirem para que ele instalasse o equipamento sem autorização judicial, o que gerou uma nova investigação, conduzida pela Corregedoria da Polícia Federal. Werlang conta ter sofrido ameaças para que não falasse a verdade em seu primeiro depoimento.

Moscardi, o delegado responsável pela primeira investigação, alegou ter sido induzido ao erro pelo depoimento mentiroso do agente. Ele disse ainda que o grampo na cela era autorizado quando ocupada por Beira-Mar.

A cúpula da Lava Jato nega qualquer irregularidade sobre o grampo. 

De acordo com a Folha de S. Paulo, quase dois anos depois, ainda não se sabe a origem nem a data de instalação do grampo. Procurada pela reportagem, a PF informou que "apurações disciplinares administrativas" devem ser mantidas em segredo.

Moscardi não respondeu ao jornal e Werlang não foi encontrado.

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