Além da Lava Jato, Cabral enfrenta uma série de ações populares
Primeira condenação contra o peemedebista determinou o bloqueio de até R$ 1 bilhão em bens; depoimento foi dado via videoconferência de dentro de Bangu
© Alex Ferro / Rio 2016
Política Ficha suja
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), além dos processos da Lava Jato, vem respondendo a ações populares. A primeira condenação contra ele determinou o bloqueio de até R$ 1 bilhão em bens. O depoimento do peemedebista foi dado de dentro do Complexo Penitenciário.
A ação foi movida pelo procurador aposentado Cosmo Ferreira, de 67, por conta do uso irregular de helicópteros do estado por parte de Cabral para viagens a Mangaratiba, onde ele mantém uma casa de veraneio.
"Ninguém tomava providência. O Ministério Público não tomou providência. Como cidadão, me senti obrigado a tomar alguma atitude", explicou o procurador aposentado ao jornal "Folha de S. Paulo".
Ações populares podem ser movidas por qualquer cidadão para anular atos que lesaram o patrimônio público ou a moralidade administrativa.
A juíza Simone da Costa, da 8ª Vara da Fazenda Pública, chegou a indeferir o pedido de depoimento de Cabral e a extinguir o processo duas vezes o processo.
Em reação às críticas por fazer vista grossa aos atos ilícitos de Cabral, o Tribunal de Justiça do Rio transmitiu o depoimento dele ao vivo na conta oficial do órgão no Twitter. Já o Ministério Público divulgou a condenação que ocorreu em outubro pela concessão de benefício fiscal irregular para a empresa francesa Michelin.
Leia também: Filho de Cabral, deputado Marco Antônio é expulso de camarote no RJ