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Versão de delator difere da contada por amigo de Temer sobre propina

José Carvalho Filho diz que dinheiro não foi entregue no escritório de José Yunes por Lúcio Funaro

Versão de delator difere da contada por 
amigo de Temer sobre propina
Notícias ao Minuto Brasil

05:47 - 09/03/17 por Notícias Ao Minuto

Política Lava Jato

A delação do ex-executivo da Odebrecht José Carvalho Filho confirma o envolvimento de Eliseu Padilha no episódio sobre o repasse de dinheiro da empreiteira para a campanha do PMDB de 2014, mas difere do depoimento prestado por José Yunes, ex-assessor e amigo de Michel Temer.

Na versão de Yunes, Lúcio Funaro, um operador financeiro ligado ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), levou um pacote a seu escritório a pedido de Padilha, mas afirmou não saber o que tinha dentro.

Já José Carvalho Filho diz que a entrega do montante foi feita no escritório de advocacia de Yunes, em São Paulo, mas não por Lúcio Funaro. Ele conta que outra pessoa, cujo nome ainda não foi revelado e que seria operador do "departamento de propina" da empresa, fez a entrega.

Segundo a Folha de S. Paulo, José Filho irá prestar depoimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na próxima sexta (10), dentro do processo de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. É esperado que, na oportunidade, ele revele o nome do operador que fez a entrega do dinheiro a Yunes.

José Yunes nega a afirmação e diz que "jamais recebeu qualquer documento de algum representante da empresa Odebrecht".

Até o momento, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ainda não se manifestou sobre o assunto.

Já o advogado que defende Lúcio Funaro, Bruno Espiñera, diz que seu cliente "jamais foi operador da Odebrecht" e que "jamais foi levar dinheiro da construtora" no escritório de José Yunes.

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