PGR pede arquivamento de inquérito de Pezão na Lava Jato
Não há provas para prosseguir apuração sobre conduta do governador do Rio, afirma vice-procurador-geral
© Fernando Frazão/ Agência Brasil
Política Rio
O vice-procurador-geral da República José Bonifácio Borges de Andrada, solicitou nesta quinta-feira (9) que o Superior Tribunal de Justiça arquive o inquérito aberto contra o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, na Operação Lava Jato. As informações são do G1.
No entandimento de Andrada, não há elementos que justifiquem o prosseguimento da investigação sobre o peemedebista.
Agora, o ministro Luís Felipe Salomão, relator do caso no STJ, decidirá se vai levar a questão para discussão na Corte Especial do tribunal.
A Procuradoria pediu, ainda, envio do caso para a Justiça Federal do Paraná para prosseguimento em relação ao ex-governador Sérgio Cabral.
O inquérito, aberto em março de 2015, foi baseado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O delator disse ter arrecadado R$ 30 milhões como caixa dois da campanha de 2010 de Cabral em obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
De acordo com o depoimento, os recursos também teriam chegado a Pezão, vice de Cabral na época. Segundo o vice-procurador, não há nenhum indicativo de benefício a Pezão. "As referências a sua pessoa feitas nos depoimentos colhidos sempre tiveram relação com a composição da chapa eleitoral, não uma indicação específica que pudesse circunscrever atos criminosos de solicitação de vantagens indevidas", argumentou Andrada.
Cabral e seus ex-secretários permanecem alvos de investigação: "A apuração confirmou que houve solicitação e, inclusive, repasses financeiros correspondentes, bem assim o vínculo dessas ocorrências com o gerenciamento de atos ilícitos promovidos por Paulo Roberto Costa na Petrobras. Fosse uma simples doação eleitoral, não haveria razão para que o diretor da estatal fosse chamado a atuar, inclusive com o acionamento de doleiro (Alberto Youssef), que também agia no gerenciamento dessas atividades criminosas", diz texto do vice-procurador.
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