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Investimentos militares no governo Temer crescem 36%

Ministério da Defesa ocupa a segunda posição no ranking dos orçamentos mais altos, à frente até mesmo da Educação

Investimentos militares no governo
Temer crescem 36%
Notícias ao Minuto Brasil

05:58 - 13/03/17 por Notícias Ao Minuto

Política Em meio à crise

Sob pressão desde que assumiu o governo, o presidente Michel Temer usou a "tática do orçamento" para manter uma relação tranquila com os militares. Ao contrário do que fez Dilma Rousseff (PT), que cortou gastos na área, Temer aumentou os investimentos militares em 36%, se comparado ao ano anterior.

Se em 2015 foi prevista pelo Ministério da Fazenda a liberação de R$ 6,73 bilhões para o setor, no fim de 2016 este valor já chegava a R$ 9,15 bilhões, um total de R$ 1,85 bilhão a mais do que estava previsto no Orçamento.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, para este ano, o cifra é ainda maior: R$ 9,7 bilhões, embora o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirme que o número deverá sofrer algum corte. "O contingenciamento poderá ocorrer, está sendo discutido", diz.

Cabe a ele comandar a pasta com o segundo maior investimento por parte do governo, à frente até mesmo da Educação, que recebeu apenas R$ 5,7 bilhões em 2016.

O cenário fez muita gente lembrar das últimas manifestações Brasil afora, em que alguns grupos foram vistos pedindo a volta da ditadura militar. No entanto, o governo faz questão de rechaçar qualquer tipo de ação nesse sentido.

Para onde segue este dinheiro? Cada Força tem suas prioridades. A Marinha investe no programa de submarinos convencionais e nuclear, a Aeronáutica foca nos caças suecos Gripen e na fabricação do cargueiro e avião-tanque KC-390, da Embraer, enquanto o Exército investe no programa de proteção de fronteiras e na troca da sua frota de blindados pelo modelo Guarani.

Apesar do aumento nos investimentos, Raul Jungmann defende que os valores destinados à Defesa estão muito abaixo do aconselhável e do necessário. "Houve uma recomposição, na qual trabalhamos, mas ainda falta muito para voltarmos ao pico do começo da década de 2010", afirmou o ministro.

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