Meteorologia

  • 16 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Nunca vi pedido de propina por Lula, diz ministro do TCU

Petista foi apontado pelo MPF como 'o comandante máximo' do esquema de corrupção na Petrobras

Nunca vi pedido de propina por 
Lula, diz ministro do TCU
Notícias ao Minuto Brasil

20:18 - 15/03/17 por Folhapress

Política Justiça

O atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro Filho, que foi ministro e líder do governo do ex-presidente Lula, afirmou nesta quarta (15) que jamais soube do uso de recursos ilícitos para a manutenção ou ampliação da base do governo no Congresso.

"Em hipótese nenhuma; isso nunca aconteceu", declarou o ex-congressista do PTB.Ele depôs como testemunha de defesa de Lula -na última audiência do processo a que o ex-presidente responde na Justiça Federal do Paraná, acusado de receber propina na compra e reforma de um tríplex no Guarujá (SP).

Lula foi apontado pelo Ministério Público Federal como "o comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras, e como artífice de uma "propinocracia" para garantir a governabilidade.

Monteiro afirmou que a base de Lula "aumentava gradativamente" em função de sua elevada aprovação popular, e que seu trabalho como líder do governo era bastante semelhante ao que ocorria em outras gestões -ele também foi filiado ao PFL e PSDB.

O pernambucano, que ocupou o cargo de ministro das Relações Institucionais do governo Lula, foi indicado pelo ex-presidente para o TCU, em 2009.

Para a defesa de Lula, o depoimento de Múcio e de outras testemunhas torna "absolutamente improcedente a fantasia da 'propinocracia' que turbinou o PowerPoint" do Ministério Público Federal.

Além de Monteiro, também depuseram nesta quarta o ex-ministro Walfrido Mares Guia e o ex-diretor-geral da Polícia Federal Paulo Lacerda -ambos ocuparam os postos na gestão de Lula.

"Uma das condições que eu apresentei foi que a Polícia Federal tivesse independência em seu trabalho, e assim foi feito", declarou Lacerda, para quem a PF passou por uma "reestruturação" durante o mandato de Lula.

Ele destacou o aumento do efetivo, a compra de equipamentos modernos e o início de grandes operações com contingente espalhado pelo país.

"Os fatos apontam uma manifesta incompatibilidade entre o presidente que investe e amplia o combate à corrupção no país e o 'chefe de uma organização criminosa' que o Ministério Público levianamente acusa ser Lula", afirmou o advogado Cristiano Zanin Martins.

A partir de agora, a ação entra em fase final. Os réus serão interrogados entre o final de abril e o início de maio, e, na sequência, serão abertos os prazos para alegações finais -última fase antes da sentença. Com informações da Folhapress.

Leia também: 'Ao invés de cortar direitos, faça a economia crescer', diz Lula em ato

Campo obrigatório