Lula quer impedir uso de imagens de condução coercitiva em filme
Imprensa divulgou que 'Polícia Federal - a lei é para todos' terá cenas da condução coercitiva e do depoimento do ex-presidente
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Política Sigilo
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram com uma ação nesta quinta-feira (23) para impedir os produtores do filmes "Polícia Federal - a lei é para todos", sobre a Operação Lava-Jato, de utilizarem imagens feitas no dia em que a Polícia Federal (PF) realizou uma condução coercitiva na casa do petista, em março de 2016. De acordo com O Globo, a gravação de cerca de duas horas feita pela PF faria parte da obra.
O New Group Cine & TV LTDA, responsável pela produção, também divulgaria a gravação do depoimento de Lula, segundo a defesa. Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, eles pedem que a produtora não seja autorizada a usar as imagens reais.
Para os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, as imagens gravadas não podem subsidiar a produção de um "objeto completamente estranho à investigação" e eles pedem ainda que o conteúdo seja mantido em sigilo absoluto, além da divulgação dos policiais que tiveram acesso ao material.
Eles argumentam que a gravação dentro da casa de Lula fere os preceitos éticos, morais e institucionais do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo (Decreto nº 1.171/94).
"Uma operação de proporções gigantescas e que envolve centenas de 'personagens', terá como cena principal a reconstituição da condução coercitiva do peticionário (Lula), sobre o qual não pesa condenação judicial em nenhuma instância, em claro juízo de seletividade que visa macular sua imagem perante a sociedade", alega a defesa.
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