Bolsonaro critica quilombolas: 'Nem para procriar servem mais'
Deputado também prometeu acabar com reservas indígenas e defendeu armamento da população
© Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Política Polémica
Depois de ter sido barrado em um evento do clube Hebraica, em São Paulo, o deputado federal Jair Bolsonaro foi novamente convidado a ministrar palestra na associação, desta vez pelo presidente no Rio, Luiz Mairovitch.
Mais uma vez, ele voltou a fazer declarações polêmicas, em evento que reuniu cerca de 300 pessoas, nessa terça-feira (4). Já do lado de fora, cerca de 100 manifestantes protestavam contra ele e gritavam palavras de ordem.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro defendeu o armamento da população e criticou indígenas e quilombolas, chegando a comparar estes últimos com gado.
Ao contar que visitou um quilombo, ele afirmou: “O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles.”
O deputado também prometeu acabar com todas as reservas indígenas e quilombolas do país, caso seja eleito em 2018, por considerar que este tipo de demarcação atrapalha a economia. “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí."
Em fevereiro, na Paraíba, Bolsonaro já havia sugerido dar um fuzil para os fazendeiros como cartão de visita contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST).
As ONGs também entraram na mira do presidenciável, que chegou a aparecer com 9% das intenções de voto dos brasileiros, em pesquisa realizada pelo Datafolha. "Pode ter certeza que, se eu chegar lá, não vai ter dinheiro pra ONG."
O deputado também defendeu o armamento da população. "Todo cidadão vai ter uma arma de fogo dentro de casa."
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