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Defesa de Lula pede mudança na filmagem de vídeos da Lava Jato

Advogados do ex-presidente também querem fazer filmagem própria do depoimento a Moro

Defesa de Lula pede mudança na 
filmagem de vídeos da Lava Jato
Notícias ao Minuto Brasil

17:37 - 03/05/17 por Notícias Ao Minuto

Política Curitiba

Os advogados do ex-preisdente Luiz Inácio Lula da Silva entraram com pedido nesta quarta-feira (3) para alterar o método de filmagem de audiências da Lava Jato. A defesa do ex-presidente quer que a câmera mostre quem está falando, e não apenas o interrogado. Eles informaram, ainda, que desejam fazer filmagem própria do depoimento do ex-presidente ao juiz Sérgio Moro.

De acordo com informações do G1, o magistrado não havia se manifestado sobre o pedido até as 16h50 de hoje. Lula vai depor na próxima quarta-feira (10), em Curitiba.

“Requer (...) captação de imagens das audiências para registro do que se passa em todo recinto onde ela se realiza e direcionamento da câmera à pessoa que está a fazer uso da palavra, não a deixando repousar exclusiva e fixamente na pessoa do interrogado, mas, sim, promovendo a gravação da íntegra do ato, incluindo, mas não se limitando, todos aqueles que fizerem uso da palavra”, diz trecho da petição apresentada pela defesa do ex-presidente.

“Isso porque, nos moldes em que atualmente é captada a imagem, focando a câmera exclusivamente os acusados: (i) não há registro fidedigno de todo o ato processual, na sua inteireza e, assim, (ii) viola-se a garantia constitucional da presunção de inocência, externando-se uma imagem negativa do réu, o que se agrava à medida em que o processo é de acesso público e (iii) se propaga uma imagem distorcida dos sucessos verificados na audiência, impedindo que sejam avaliadas a postura do juiz, do órgão acusador, dos advogados e de outros agentes envolvidos no ato, inclusive para fim de valoração da legitimidade do atos pelas superiores instâncias", prossegue o texto.

O ex-presidente é acusado de receber propina da construtora OAS. Na ação penal, o Ministério Público Federal (MPF) diz que a empresa entregou ao político um imóvel no Guarujá, litoral paulista, em troca de três contratos com a Petrobras. O ex-presidente nega a acusação.

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