Marqueteiro do PT e mulher se contradizem sobre aviso de Dilma
O advogado Alberto Toron, que já atuava no caso de acusação de obstrução da Justiça por ter nomeado o ex-presidente Lula como ministro, também vai defendê-la neste caso
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Política Lava Jato
O ex-marqueteiro do PT, João Santana, e sua esposa, Mônica Moura, realizaram delação premiada e falaram sobre o suposto aviso da ex-presidente Dilma Rousseff sobre a prisão do casal na Operação Lava Jato. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o advogado Alberto Toron, que já atuava no caso de acusação de obstrução da Justiça por ter nomeado o ex-presidente Lula como ministro, também vai defendê-la neste caso.
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A delação do casal, contudo, não coincide. Mônica diz que Dilma mandou e-mail cifrado e telefonou a Santana na noite de 20 ou 21 de fevereiro (dois dias antes da prisão). "Fomos avisados que foi visto um mandado de prisão assinado contra a gente", disse ela. Já Santana diz que, após o e-mail de Dilma, "deduziu" que "já havia uma medida cautelar" contra os dois. Ele diz, contudo, que nunca chegou um alerta de ninguém do governo sobre ter saído "o decreto". "Não. Nós soubemos pelas notícias, eu soube na madrugada, vi pelas câmeras", afirmou.