Ministros indicam que podem descartar delações em julgamento no TSE
"O que se está pretendendo é retirada de tudo que diz respeito a Odebrecht? É isso?", pergunta o ministro Benjamin a Napoleão Maia
© REUTERS/Ueslei Marcelino
Política Dilma Rousseff
O uso das delações da Odebrecht dominam a pauta no terceiro dia de julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. O ministro Tarcísio Vieira defendeu a exclusão dos depoimentos da votação.
O Ministro Napoleão Nunes Maia Filho defendeu que as empresas Odebrecht e JBS devem ser investigadas:
"Elas e todas envolvidas em falcatruas", afirmou.
Mas ele acredita que no que diz respeito às eleições de 2014, as delações feitas por executivos destas empresas não têm credibilidade, já que ocorreram em "benefícios extraordinários". Ele diz que a ação recorrente diz respeito apenas à chapa de 2014 e, para ele, as empresas deveriam ser julgadas nas ações certas.
"Ninguém está preso. Esses delatores são pessoas isentas? É razoável supor que colocariam em risco o que disseram nas delações?", afirmou.
"O que se está pretendendo é retirada de tudo que diz respeito a Odebrecht? É isso?", pergunta o ministro Herman Benjamin.
“Eu não acho que a Odebrecht pode ser investigada. Eu acho que deve ser investigada. E JBS”, respondeu Napoleão Nunes Maia Filho. O ministro, entretanto, acredita que que, antes, devem decidir pela ampliação ou não do escopo da petição inicial.