Joesley Batista delatou 1.893 agentes políticos, diz defesa da JBS
Empresa elaborou documento para defender a validade do acordo feito com a Procuradoria-Geral da República
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Política Justiça
A JBS enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório para defender a validade do acordo de colaboração feito com a Procuradoria-Geral da República (PGR). No texto, a companhia compara a delação de Joesley Batista à do executivo Marcelo Odebrecht.
As informações são da coluna de Monica Bergamo, do site do jornal Folha de S. Paulo, desta quarta-feira (14).
De acordo com o documento, Joesley delatou 1.893 agentes políticos, enquanto Odebrecht comprometeu 70. O empreiteiro mencionou 24 políticos com prerrogativa de foro privilegiado, contra 34 do acionista da JBS, que obteve perdão judicial.
Odebrecht deve cumprir pena de 7 anos e seis meses, sendo pelo menos dois em regime fechado.
O texto cita, ainda, valores fechados de acordo de leniência. Afirma que a JBS pagará R$ 10 bilhões em 25 anos, enquanto a Odebrecht desembolsará R$ 3,8 bilhões em 23 anos.
O acordo fechado entre a empresa e a PGR começou a ser questionado depois que Batista decidiu viajar aos Estados Unidos depois do perdão.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, deve submeter os questionamentos ao plenário do Supremo. De acordo com a colunista, alguns dos juízes estão dispostos a rever o acordo.