Raquel Dodge pode ser primeira mulher a comandar PGR
A escolha de Temer não respeitou propriamente o rito de substituição do cargo
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Política Indicação
O presidente Michel Temer indicou nesta quarta-feira (29) a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge para substituir Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República. O anúncio foi feito pelo porta-voz da presidência, Alexandre Parola, que fez questão de frisar que Dodge é a primeira mulher a ocupar o cargo.
A escolha de Temer não respeitou propriamente o rito de substituição do cargo. Raquel Dodge foi a segunda mais votada em votação na terça-feira na lista tríplice preparada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Em primeiro lugar ficou Nicolao Dino, atual vice-procurador-geral Eleitoral e próximo a Janot.
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Ao escolher Dodge, Temer rompe com uma tradição de indicar sempre o primeiro da lista tríplice que vinha sendo adotada desde 2003 pelos presidentes da República. Raquel Dodge vai substituir Janot, que encerra o mandato em 17 de setembro, mas ainda terá de ser submetida ao Senado, numa sabatina e na sequência, numa votação secreta no plenário.
Currículo
Raquel Dodge ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987. Ela atuou na operação Caixa de Pandora, investigação que levou a prisão o então governador de Brasília, José Roberto Arruda, o primeiro chefe de Executivo local preso no exercício do cargo.
Ela também atuou na equipe que processou criminalmente o ex-deputado Hildebrando Paschoal. Ela é mestre em Direito pela Universidade de Harvard.
Raquel defendeu publicamente ser a favor da continuidade das apurações da operação Lava Jato e contava, nos bastidores, com o apoio de integrantes da cúpula do PMDB, muitos deles investigados pela própria ação.