Corrupção e propinas: Sérgio Cabral gastava até R$ 4 milhões por mês
Investigadores ainda tentam identificar o montante do roubo da organização criminosa liderada por Cabral
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Política Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, preso em 2016 na Operação Lava Jato e réu em dez processos que apuram crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, organização criminosa e formação de cartel, levava uma vida de muito luxo antes de ter a prisão decretada pelo juiz federal Sérgio Moro.
Na sentença, segundo destaca a reportagem do jornal O Dia, Moro citou a realidade da corrupção instalada no Palácio Guanaraba e a verdadeira situação do estado do Rio de Janeiro e seus moradores. “Contraste entre a opulência dos acusados de praticar crimes de maneira reiterada com o dinheiro público e o arrocho imposto à população fluminense expõe uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres”, escreveu o magistrado.
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As investigações da Lava Jato no Rio indicam que as despesas pessoais de Cabral chegavam a R$ 4 milhões por mês. Entre os gastos do ex-governador estavam manutenção apartamentos, escritórios, veículos; o pagamento de aulas de equitação, sessões de massoterapia; a compra de joias, obras de arte, roupas e móveis de grife; o sustento dos parentes, comparsas e até os gastos com campanhas eleitorais. As despesas eram pagas com dinheiro de propinas, segundo indica o Ministério Público Federal (MPF).
No entanto, os investigadores ainda tentam identificar o montante do roubo da organização criminosa liderada por Cabral. A reportagem destaca que em três operações (Calicute, Eficiência e Fatura Exposta), o MPF bloqueou bens e valores estimados em R$ 950 milhões, sendo que R$ 319 milhões foram ressarcidos aos cofres públicos.