Rodrigo Maia: 'Não tenho trabalhado contra o presidente'
Maia precisa demonstrar que não conspira, não pede votos, nem atua para derrubar um presidente da República
© Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Política conspiração?
Há um ano, o deputado Rodrigo Maia (PMDB-RJ) estava numa fase de articulação para se tornar presidente da Câmara após a renúncia de Eduardo Cunha, preso na Lava Jato. Passado esse tempo, o discurso, antes sobre construção de uma base de apoio ao governo, agora faz totalmente sentido.
Isso porque no contexto atual em Brasília, já que deputados de partidos de sustentação do governo de Temer agem nos bastidores para que Maia o suceda no caso de o plenário da Casa aceitar a denúncia da PGR contra o presidente.
Como relembrou a Folha de S. Paulo, em 9 de julho de 2016 Maia tria dado a seguinte declaração: "Tenho sido procurado por vários partidos por causa do meu perfil. Estou muito avançado para construir uma base".
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Poucos dias depois, ele foi eleito presidente da Câmara e reeleito em fevereiro. Desta vez, porém, o deputado não pode declarar nem dar sinais de movimento parecido. Precisa demonstrar que não conspira, não pede votos, nem atua para derrubar um presidente da República, mesmo que seja crescente a onda a seu favor dentro e fora do Congresso.
"Não tenho trabalhado contra o presidente", disse Maia ontem à coluna de leandro colon da Folha de S. Paulo, logo depois de se encontrar com Temer no Jaburu.