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Emendas liberadas por Temer em julho equivalem ao total do 1º semestre

De janeiro a junho, segundo a ONG Contas Abertas, total liberado foi de R$ 2,12 bilhões, enquanto nas três primeiras semanas de julho, às vésperas da votação de denúncia contra o presidente, foram R$ 2,11 bilhões empenhados

Emendas liberadas por Temer em julho
equivalem ao total do 1º semestre
Notícias ao Minuto Brasil

15:58 - 24/07/17 por Notícias Ao Minuto

Política Crise política

A denúncia contra Michel Temer no Congresso Nacional custou caro aos cofres públicos. Entre janeiro e 19 de julho de 2017, de acordo com levantamento feito pela ONG Contas Abertas, o governo federal liberou R$ 4,1 bilhões em emendas para parlamentares. 

A maior liberação desses recursos em 2017 aconteceu no mês de julho: R$ 2,1 bilhões. Outro pico de “generosidade” de Temer em tempos de crise do governo aconteceu em junho: R$ 2 bilhões empenhados, ou seja, compromissos assumidos para pagamentos posteriores.

Em janeiro, foram R$ 1 milhão; em fevereiro, R$ 1,3 milhão; em março, R$ 5,1 milhões; em abril, R$ 5,6 milhões; e em maio, R$ 89,2 milhões.

“Normalmente, com o empenho, os deputados já voltam para a cidade deles e fazem uma festa. Anunciam, colocam no jornalzinho e depois pressionam para o governo liberar”, afirmou o economista Gil Castelo Branco, secretário-geral da ONG.

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Cabe ressaltar que as liberações acontecem enquanto o governo federal tenta administrar um rombo fiscal de R$ 139 bilhões, ainda conforme a ONG.

Os dados consideram o empenho, isto é, a reserva de recursos para emendas individuais às despesas do Orçamento Geral da União (OGU). Os dados são do Siga Brasil, do Senado Federal.

Do total liberado em emendas em 2017, mais de 82% foi para deputados federais, o equivalente a R$ 3,5 bi, e o restante para senadores. No topo do ranking de beneficiados estão as bancadas estaduais do Maranhão, Roraima e Rio Grande do Norte.

Cerca de R$ 2,1 bilhões foram destinados ao Ministério da Saúde. No topo da lista ainda estão o Ministério das Cidades, R$ 995,7 milhões, e o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, com R$ 224,4 milhões.

O Palácio do Planalto declarou que as emendas são uma imposição legal e que o governo só está cumprindo a lei.

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