Defesa pede que próximo depoimento de Lula a Moro seja presencial
Juiz sugeriu que oitiva ocorresse por meio de videoconferência, alegando gastos altos com esquema de segurança, mas advogados do ex-presidente dizem que a percepção do magistrado acerca do depoimento é outra quando o réu está presente
© Paulo Whitaker / Reuters
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A defesa do ex-presidente Lula pediu que o depoimento dele ao juiz Sérgio Moro, no dia 13 de setembro, no processo que investiga um terreno em São Paulo e um apartamento em São Bernardo do Campo, ocorra de forma presencial.
O juiz, responsável pela Lava Jato em primeira instância, sugeriu que a oitiva ocorresse por meio de videoconferência, alegando que os gastos públicos com o esquema de segurança para receber o petista são muito altos.
Quando do depoimento de Lula sobre o caso do triplex, que ocorreu em Curitiba (PR), a Polícia Militar (PM) informou ter gasto R$ 110 mil.
Os advogados do ex-presidente, no entanto, sustentam que o depoimento presencial é um direito do réu e discordam dos gastos excessivos com a segurança, já que Lula prestou depoimentos em outras cidades e não foi necessário nenhum esquema especial.
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Além disso, acreditam, com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que a percepção do juiz acerca do depoimento, em um interrogatório presencial, não se compara à videoconferência. Cabe ao juiz, agora, definir como fará o interrogatório.
Nesta ação, de acordo com informações do portal G1, o Ministério Público Federal (MPF) acusa Lula de receber o terreno, onde seria construída a nova sede do Instituto Lula, e o imóvel, ao lado do apartamento do petista, no ABC paulista, foram resultado de propina recebida da Odebrecht, no valor de R$ 13 milhões, em troca de contratos firmados com a Petrobras.
O ex-presidente nega as acusações. Lula foi condenado, no último dia 12, a 9 anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas pode recorrer da sentença em liberdade.