Sociedade pode esperar 1 ano e meio por denúncia, diz advogado de Temer
Mariz de Oliveira defendeu que os deputados rejeitem o prosseguimento do processo
© Wilson Dias/Agência Brasil
Política Discurso
Advogado do presidente, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira defendeu que os deputados rejeitem o prosseguimento da denúncia contra seu cliente.
Ele afirmou que um presidente da República não deve ser colocado no banco dos réus e que a acusação da Procuradoria-Geral da República deverá prosseguir em 1º de janeiro de 2018, quando Temer deixar o cargo.
"Deem um ano e meio, só, para o presidente da república, para ele continuar com sua obra magnífica. Permitam a ele dizer para a nação brasileira como se governa", diz Mariz.
"É apenas questão temporal. Não se pode aguardar um ano e meio? Será o presidente da República um facínora?", discursou um inflamado Mariz.
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"Não se pode desejar que o presidente continue com sua missão redentora desse país? Vamos acabar com isso, vamos dar solução de continuidade", afirmou.
"Até porque não se consultou a sociedade sobre isso. Será que a sociedade não prefere um ano e meio de continuidade dessas medidas?", continuou, referindo-se às reformas propostas por Temer para a Economia.
O presidente, afirma, tem uma "missão redentora" para o país, que seria interrompida caso a Câmara vote pelo prosseguimento da denúncia e, com isso, afaste Temer do Planalto.
Mariz disse ainda que caso a acusação contra Temer já tivesse chegado ao STF (Supremo Tribunal Federal), os ministros já a "teriam enterrado".Mariz também atacou a credibilidade da denúncia contra o presidente, baseada em um "rol de equívocos".
"Não passa de um cadáver do que seria uma acusação séria", afirma ou advogado."Há uma armação prejudicial à nação." Segundo ele, a denúncia "denota a vontade de acusar por acusar".
"Imagina um homicida chegando na presença do procurador, dizendo: matei três. Aí o procurador diz: indique-me o mandante. Eu indico o mandante e vou para a rua, vou para Nova York, Los Angeles, Paris", disse em alusão ao acordo de delação premiada de Joesley Batista com a PGR. Com informações da Folhapress.