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Temer se reúne com Dodge logo após pedir afastamento de Janot

Encontro ocorreu no Palácio do Jaburu, na noite dessa segunda-feira (8), fora da agenda oficial do presidente

Temer se reúne com Dodge logo após
pedir afastamento de Janot
Notícias ao Minuto Brasil

14:42 - 09/08/17 por Notícias Ao Minuto

Política Brasília

No mesmo dia em que os advogados de Michel Temer pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dos casos que envolvem o chefe de Estado, a nova procuradora-geral Raquel Dodge foi recebida pelo presidente, em encontro fora da agenda oficial.

A reunião entre eles ocorreu no Palácio do Jaburu, por volta das 22h dessa terça-feira (8), segundo informações do portal G1.

Procurada, Dodge afirmou que se reuniu com o presidente para discutir a agenda de sua posse no cargo, em setembro.

"O presidente indagava sobre a data e horário possível para a minha posse, pois precisa viajar para os Estados Unidos no dia 18 de setembro, segunda, para fazer a abertura da Assembleia Geral da ONU no dia 19. O mandato do PGR termina no dia 17, domingo", afirmou.

"Por esta razão, a posse será de manhã, em vez do final da tarde", afirmou.

A assessoria da Presidência confirmou a versão dada por Raquel Dodge. Questionada sobre o motivo de o encontro não ter sido incluído na agenda oficial, a assessoria disse que, quando Temer combinou a reunião, ele já estava na residência oficial.

Raquel Dodge substituirá Janot à frente da Procuradoria-Geral da República, a partir do dia 17 de setembro. Ela foi indicada pelo próprio Temer para comandar a instituição, no dia 28 de junho, e teve a indicação aprovada pelo Senado, no dia 12 de julho, após passar por sabatina.

+ Planalto inicia exoneração de deputados que votaram contra Temer

Janot ofereceu denúncia contra Temer pelo crime de corrupção passiva, baseado nas delações da JBS, e agora há a expectativa de que uma segunda denúncia, desta vez por obstrução da Justiça, venha à tona contra o presidente.

A primeira investigação foi barrada pela Câmara dos Deputados, na semana passada, e não prosseguiu para o STF, a quem caberia processar o presidente da República.

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