Bolsonaro processa padre que o chamou de 'machista e homofóbico'
Parlamentar pede indenização de R$ 50 mil por danos morais
© Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Política Justiça
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) abriu processo contra o padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral de Rua de São Paulo. De acordo com informações do G1, o parlamentar pede indenização de R$ 50 mil por danos morais.
Em março deste ano, o religioso chamou Bolsonaro de "racista, machista e homofóbico” durante homilia do primeiro domingo da Quaresma na Capela São Judas, em São Paulo.
A ação foi abeta em abril pelo deputado na 7º Vara Cível, Regional da Barra da Tijuca, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O padre contou ter recebido notificação do processo no início deste mês e espera o prazo para apresentar a defesa.
“Eu espero de que fique claro de que não é uma ofensa pessoal à pessoa dele. Mas não posso deixar de alertar a comunidade onde estou de que homofobia, machismo, racismo e todas essas posições são inadequadas para a humanização da vida”, disse Lancelotti.
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Antes da ação judicial, o deputado havia pedido que o padre 'se retratasse' em carta enviada à Arquidiocese de São Paulo. O religioso diz que sua declaração foi baseada em afirmaçõess feitas pelo parlamentar. “O que eu falei foi a transcrição das coisas que ele diz. Nenhuma avaliação de coisas que eu acho, ou pensei.”
A assessoria do parlamentar não foi localizada. Em março, o parlamentar publicou um vídeo em que critica o religioso. "O padre Júlio Lancelotti, em pregação dentro da Igreja Católica, faz acusações absurdas a meu respeito, como eu querendo exterminar gays e dizer que o homem é um ser superior junto a mulher. Isso é um absurdo."