Dilma furou fila do INSS e obteve aposentadoria irregular, diz revista
Ex-presidente teria recebido ajuda de servidores sem ter documentação necessária para se aposentar
© Rafael Marchante / Reuters
Política Denúncia
A ex-presidente Dilma Rousseff teria obtido sua aposentadoria de forma irregular. De acordo com a revista 'Veja', uma sindicância aberta pelo governo para a concessão do benefício à petista. A investigação teria concluído que a ex-presidente fuou a fila do INSS para receber aposentadoria de até R$ 5.189.
o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas teria ido a uma agência do INSS em Brasília, junto a uma secretária pessoal da ex-presidente, em 1º de setembro de 2016. Gabas teria usado de sua influência para agilizar a concessão do benifício à ex-presidente.
A investigação obtida pela revista afirma que Dilma foi favorecida por ato irregular de dois servidores do órgão que manipularam o sistema do INSS para conseguir aprovar seu benefício.
Despacho assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, impõe punições ao ex-ministro Carlos Gabas, que teria auxiliado o favorecimento de Dilma, e à servidora Fernanda Doerl, que teria manipulado sistema do INSS para regularizar o cadastro da ex-presidente.
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“As apurações demonstraram que as ações do indiciado (Gabas) contribuíram para agilizar a concessão do benefício, assegurando seu deferimento em condições mais favoráveis ou benéficas que o usual”, afirma o relatório final da sindicância.
Ainda de acordo com a revista, a sindicância deve exigir que a ex-presidente devolva R$ 6.188, referentes a um mês de salário que teria sido pago irregularmente. A reportagem afirma que a ex-presidente vai recorrer para não pagar o montante.
Gabas negou que tivesse favorecido Dilma ao cuidar pessoalmente do processo na agência da Previdência em Brasília em depoimento. O ex-ministro alegou aos investigadores que “o atendimento diferenciado de pessoas públicas era comum e tinha o objetivo de assegurar a integridade física e moral dos demais segurados”.
Já a servidora Fernanda Doerl afirmou durante todo a investigação que seguiu a lei e que se guiou por normas do INSS para aprovar os dados cadastrais da ex-presidente.