Feliciano critica professora agredida: 'Quem planta ódio, colhe ódio'
Deputado ainda afirmou, em vídeo postado em suas redes sociais, que Marcia Friggi era doutrinadora de alunos
© Wilson Dias/Agência Brasil
Política Ataque
O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) usou suas redes sociais para comentar a agressão sofrida pela professora Marcia Friggi, dentro de sala de aula. O ataque foi protagonizado por um aluno de 15 anos, na cidade de Indaial, em Santa Catarina.
No vídeo, ele diz repudiar veementemente qualquer tipo de violência, mas logo em seguida explica que, após fazer uma postagem na internet sobre o caso, em que condenava o ato do estudante, foi alertado pelos usuários a conhecer melhor a vítima.
"Para minha surpresa, eu descubro que ela é militante de esquerda. É uma professora que segue à risca a linha de Paulo Freire. E Paulo Freire, grande mestre do saber do Brasil, líder dos esquerdistas, chegou a dizer assim: 'Esse aluno que agrediu a senhora, professora, nada mais é do que vítima de um sistema opressor. Ele é oprimido porque dentro da classe deve ter muita gente branca, rica, e por isso ele a agrediu".
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Em tom de ironia, o deputado sugere que a professora tem obrigação de desculpar o adolescente. "Paulo Freire diz que a senhora tem de perdoá-lo, porque ele é vítima do sistema. Mas a senhora não fez isso, a senhora o levou até a diretoria".
Depois, Feliciano lembra de uma declaração da professora em entrevista à Rádio Gaúcha, em que ela diz que não vê como violência, mas como revolução, o ato de uma manifestante que atirou um ovo no deputado Jair Bolsonaro.
"Então façamos uma reflexão aqui: não seria um ato revolucionário um aluno que está na sala de aula, que está revoltado com a professora, jogar um livro nela?", questionou, ao se referir à primeira agressão protagonizada pelo aluno, antes de partir para esmurrar Marcia Friggi.
"Menos hipocrisia, professora. Na suas redes sociais a senhora destila ódio contra políticos. Quem planta o ódio, colhe o ódio. Mas eu sei que a senhora, assim como os militantes de esquerda, vai dizer que isso é liberdade de expressão", dispara. "A senhora doutrina os seus alunos e agora o feitiço vira contra o feiticeiro", completa.