Meteorologia

  • 23 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Temer vê Janot mais fraco, mas avalia que 2ª denúncia será inevitável

Presidente reforça a tese de que a delação dos executivos da JBS é 'mentirosa' e de que havia 'omissão' de informações nos depoimentos

Temer vê Janot mais fraco, mas avalia que 2ª denúncia será inevitável
Notícias ao Minuto Brasil

21:43 - 04/09/17 por Folhapress

Política Delação

O presidente Michel Temer viu enfraquecimento político do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ameaçar o cancelamento da delação premiada da JBS, mas avalia que as investidas contra ele seguem e que a segunda denúncia deve ser apresentada em breve.

O presidente soube da decisão de Janot de investigar indícios de omissão de informações sobre práticas de crimes no acordo da JBS por telefone, quando um de seus assessores o acionou na China, onde o peemedebista está em viagem para participar da cúpula dos Brics.

Segundo auxiliares, Temer reforçou a tese de que a delação dos executivos da JBS é "mentirosa" e de que havia "omissão" de informações nos depoimentos prestados pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A assessores, o presidente disse que "a verdade vai prevalecer", mas não avaliou que é inevitável que Janot apresente a segunda denúncia contra ele, desta vez por obstrução de Justiça e formação de quadrilha, antes que o procurador-geral deixe o cargo, em 17 de setembro.

+ Defesa da JBS diz ser precipitada a conclusão da Procuradoria

O Palácio do Planalto avalia que a repercussão da decisão de Janot será "ótima" para o governo e terá reflexo político entre os parlamentares que precisarão votar o prosseguimento da segunda denúncia contra o presidente.

Na opinião de ministros e assessores de Temer, Janot perdeu força e mostrou que a delação da JBS é frágil. Nesse sentido, a apresentação da segunda denúncia seria "incoerente" e "açodada", visto que estaria baseada em um acordo questionável.

MARIZ

Temer afirmou a assessores que ainda falaria com o seu advogado, Antônio Cláudio Mariz, para discutir a estratégia jurídica a partir de agora.

O presidente disse que é preciso saber mais sobre os fatos que estão nos áudios, classificados como "gravíssimos" por Janot, para que se tenha um diagnóstico mais preciso. Com informações da Folhapress.

Campo obrigatório