Joesley diz a advogados que não grampeou ministro Gilmar Mendes
Até então, ele sempre dava a entender que mantinha gravações guardadas
© Reuters
Política Defesa
Nos últimos dias, em conversa com seus advogados, Joesley negou ter grampeado o ministro Gilmar Mendes e outros membros de tribunais superiores. Até então, ele sempre dava a entender que mantinha gravações guardadas.
No último dia 11, o próprio Mendes disse estar seguro de que havia sido gravado pelo empresário, durante um encontro, em abril. Na oportunidade, segundo o ministro, ele teria sido procurado por Francisco de Assis, advogado da JBS, quando marcaram uma reunião.
O tema da conversa, afirma, era uma decisão recente do STF sobre o Funrural, a contribuição previdenciária rural, de acordo com informações da Folhapress. No meio da conversa, sem avisar, Joesley Batista apareceu.
"A conversa entre os delatores [Joesley Batista e Ricardo Saud] mostra que eles queriam destruir o Supremo, pilotados pela PGR [Procuradoria-Geral da República]", afirmou Gilmar Mendes", à época.
+ Câmara rejeita distritão e distrital misto, pilares da reforma política
Se Joesley tivesse confirmado a existência desses registros, poderia até ter inviabilizado a continuação dos advogados em sua defesa, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Os empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, seguem presos na carceragem da Polícia Federal, em São Paulo. Graças à aproximação, os irmãos estariam mais calmos, segundo fontes ouvidas no local.