Deputados do PSD, partido do chamado "centrão" e aliado do presidente Michel Temer, sugeriram fechar questão contra o presidente, durante a votação da segunda denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por obstrução da Justiça e organização criminosa.

A possibilidade foi levantada durante café da manhã, nesta quarta-feira (4), entre a bancada do partido na Câmara e o presidente licenciado da legenda, o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab.

Como justificativa, os membros da sigla alegaram insatisfação com a postura de Temer, após a votação da primeira denúncia. Reclamaram que mesmo tendo apoiado o presidente, não receberam a atenção prometida.

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A reivindicação por mais espaço no governo não é nova, mas acentuou-se em agosto, depois da vitória de Temer no plenário da Câmara, ao conseguir barrar a denúncia por corrupção passiva.

Muitos deputados do partido chegaram a pedir a saída do ministro tucano Antônio Imbassahy da Secretaria de Governo, já que o PSDB votou rachado, embora estivesse no comando de quatro ministérios. Temer, no entanto, ignorou a reivindicação e manteve os tucanos na base governista.

De acordo com informações do blog da Andréia Sadi, no portal G1, o PSD tem 37 deputados federais na Câmara. No encontro de hoje, nenhum deles reagiu de forma enfática para defender o presidente da República.

Diante do exposto, Kassab ficou de levar as queixas a Temer mas, conforme alguns parlamentares presentes à reunião de hoje, o ministro saiu do local sem nenhum pleito da bancada.