Advogados criticam Janot: acusação contra Temer não tem fundamentos
Carnelós disse que Janot dirigiu uma acusação apressada, sem se preocupar com os fatos e até mesmo pedindo que delatores inventassem fatos
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Política Ex-procurador
O advogado de Michel Temer, Eduardo Carnelós, voltou a criticar o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania que analisa, nesta quarta-feira (17), a denúncia contra o presidente da República e dois ministros (SIP 2/17).
Carnelós disse que Janot dirigiu uma acusação apressada, sem se preocupar com os fatos e até mesmo pedindo que delatores inventassem fatos.
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O advogado deu como exemplo a delação do doleiro Lúcio Funaro, que classificou como “montagem”, e disse que os vídeos disponíveis com a tramitação da denúncia na Câmara mostram que os procuradores buscavam um tipo de resposta, com objetivo de incriminar os acusados.
“Essa delação é devastadora sim, mas contra a acusação, contra os procuradores que forjaram a denúncia contra o presidente da República”, disse.
Para o advogado do ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), Antônio Pitombo, o Ministério Público não tem o direito de acusar sem justa causa. Ele classificou a acusação como perseguição a seu cliente. “Não há nada em nenhum fato que possa ser atribuído ao meu cliente, que é inocente. Seu cargo na Caixa Econômica Federal era técnico, e na Secretaria de Aviação Civil dependia de dados técnicos, nunca podendo cometer atos ilícitos”, disse.
O advogado do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), Daniel Gerber, classificou a denúncia como um desrespeito ao Poder Legislativo e disse que mesmo a oposição nunca mencionou qualquer fato que ligasse o ministro a algum crime ou fatos relacionados à Operação Lava-Jato. “A oposição defende que se permita o processa para fazer uma investigação, mas isso não pode ocorrer num processo criminal, tudo deveria estar na denúncia, mas não há nada, e se querem investigação, nesse ponto do processo não há mais”, disse. Com informações da Agência Câmara.