Relembre alguns dos bate-bocas mais famosos entre ministros do STF
Ontem (26), Gilmar Mendes e Roberto Barroso protagonizaram discussão acalorada, no plenário da Corte
© Nelson Jr./SCO/STF
Política Discórdia
A discussão entre os ministros Roberto Barroso e Gilmar Mendes, no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quinta-feira (26), não foi o primeiro bate-boca na Corte, longe disso.
Na sessão de ontem, Barroso disse que Gilmar tem "leniência em relação à criminalidade do colarinho branco". Gilmar rebateu e chamou o colega de "advogado de bandidos internacionais", por ele ter sido advogado de Cesare Battisti antes de se tornar ministro.
Os desentendimentos, conforme O Globo, passaram a ser mais frequentes a partir do julgamento do mensalão.
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Relembre a seguir algumas discussões mais acaloradas, de acordo com informações da Folhapress:
1) Em outubro de 2004, enquanto discutiam o aborto de anencefálicos, Marco Aurélio disse a Joaquim Barbosa que "para discutir mediante agressões, o lugar não é o plenário do STF, mas a rua".
2) Em abril de 2009, a briga de Gilmar - uma das mais famosas do Supremo - foi com Joaquim Barbosa, que lhe disse: "Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, faz o que eu faço".
Gilmar respondeu que saía às ruas.
"Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas do Mato Grosso", disse Barbosa.
"Vossa Excelência me respeite", rebateu Gilmar.
3) Em agosto de 2013, Lewandowski e Barbosa discutiram enquanto julgavam recursos dos condenados no mensalão:
"Estamos com pressa de quê? Queremos fazer Justiça", disse Lewandowski.
"Queremos fazer nosso trabalho, não chicana", respondeu Barbosa.
"Vossa Excelência está dizendo que estou fazendo chicana? Peço que Vossa Excelência se retrate imediatamente", disse Lewandowski.
"Não vou me retratar, ministro", respondeu Barbosa.
"Vossa Excelência tem a obrigação como presidente da casa. Está acusando um ministro, par de Vossa Excelência de fazer chicana, não admito isso", disse Lewandowski.
4) Em novembro de 2016, enquanto julgavam gratificação de contribuição previdenciária, Gilmar ouviu de Lewandowski:
"Vossa Excelência, por favor, me esqueça".
5) Em junho de 2017, durante discussão sobre a delação da JBS, Barroso insinuou que Gilmar queria anular o acordo no futuro: "Todo mundo sabe o que se quer fazer aqui lá na frente. Eu não quero que se faça lá na frente. Já estou dizendo agora".