Pivô de polêmica de delação, ex-procurador é liberado para advogar
Marcello Miller é suspeito de ter atuado na defesa da JBS pelo escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe quando ainda tinha cargo no MPF
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Política Autorização
Um dos principais personagens da polêmica envolvendo a delação da JBS, o ex-procurador Marcello Miller está liberado para voltar a advogar.
Em setembro, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decidiu suspender a carteira de Miller por 90 dias.
Ele é suspeito de ter atuado na defesa da JBS pelo escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe quando ainda tinha cargo no MPF (Ministério Público Federal) - seu desligamento oficial foi em abril, mas admitiu ter começado a ajudar a empresa em fevereiro.
O embargo terminou nesta semana e, agora, o ex-procurador pode atuar normalmente.
Apesar de não ter mais a suspensão, Miller responde a uma série de procedimentos e investigações, no Ministério Público, na Polícia Federal e na própria OAB.
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À reportagem, por meio de nota, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB do Rio informou que "a suspensão preventiva da carteira de Marcello Miller terminou por força legal - o prazo máximo previsto na Lei federal 8.906/1994 é de 90 dias- no último dia 10".
"Importante ressaltar, porém, que o processo ético-disciplinar que apura todos os fatos ligados à conduta do advogado, com análise da perda definitiva do registro profissional, continua em paralelo à investigação policial e dentro do rigor exigido pelas normas da entidade", acrescentou.
O processo está em sigilo.
CARREIRA
Na quebra de sigilo de e-mails de Miller, feita pela CPI da JBS, há um documento em sua caixa de entrada de abertura de uma empresa para advogar.
O nome dado foi "Marcello Miller Advogados - Sociedade Individual de Advocacia".
Logo que veio à tona a polêmica envolvendo sua atuação, o ex-procurador se desligou do escritório em que trabalhou por apenas três meses - o Trench Rossi.
Procurado, Miller não se manifestou sobre o assunto. Com informações da Folhapress.