Bono Vox é esperado para julgamento de Lula, diz Requião
Além do cantor irlandês, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica teria confirmado presença no ato em defesa ao petista
© Ricardo Stuckert/Divulgação Instituto Lula
Política Expectativa
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou nesta segunda-feira (18) que o cantor Bono Vox deverá viajar a Porto Alegre para acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O julgamento do petista é em relação ao caso do tríplex de Guarujá e está agendado para o dia 24 de janeiro.
Segundo Requião, o cantor já confirmou participação em atos pela defesa da democracia, bem como o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.
Requião diz ainda que o senador americano Bernier Sanders também poderá confirmar presença no que chama de Fórum Social Mundial Extraordinário.
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RÉU
Lula foi condenado por Moro em julho deste ano a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP) reformado pela empreiteira OAS.
O petista só começará a cumprir pena caso o TRF-4 ratifique a decisão. Na sentença, Moro afirmou que a prisão imediata de um ex-presidente "não deixa de envolver certos traumas" e que a "prudência" recomendava a espera do julgamento na segunda instância.
Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras. O valor, segundo a Procuradoria, se referia à cessão pela OAS do apartamento ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora neste imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial.
A defesa nega que Lula tenha cometido crimes.
Lula ainda é réu em dois processos na 13ª Vara Federal. Em um, é acusado de aceitar dinheiro de propina da Odebrecht para adquirir um terreno para o Instituto Lula e para comprar o apartamento vizinho ao que mora, em São Bernardo do Campo (SP).
No outro, é acusado de ter se beneficiado de R$ 1,02 milhão em benfeitorias em um sítio em Atibaia, frequentado pelo ex-presidente e seus familiares. As reformas teriam sido pagas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. A defesa do petista nega qualquer irregularidade. Com informações da Folhapress.