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Advogados entram com ações para impedir posse de Cristiane Brasil

Filha de Roberto Jefferson, presidente do PTB, foi indicada ao Ministério do Trabalho

Advogados entram com ações para impedir posse de Cristiane Brasil
Notícias ao Minuto Brasil

06:49 - 08/01/18 por Notícias Ao Minuto

Política Rio de Janeiro

A indicação da deputada Cristiane Brasil (PTB - RJ) para o Ministério do Trabalho continua gerando indignação. Neste domingo (7), membros do Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (Miti) deram início a uma série de ações populares na Justiça Federal do Rio de Janeiro para impedir a nomeação da filha do presidente do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson, marcada para esta terça-feira (9).

Carlos Alberto Patrício de Souza, advogado de Leonardo Eugênio de Almeida Moreira, um dos motoristas que processou Cristiane Brasil, por não ter carteira assinada, diz que a base dos casos é uma só: "o princípio da moralidade. Se ela infringe as leis trabalhistas, não pode ser ministra do Trabalho", acusou ao jornal O Globo.

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Conforme Souza, o grupo decidiu entrar com ações em várias comarcas por uma questão de segurança. "Se uma indeferir, pode ser que outra aceite (a liminar que pede a suspensão da posse)", detalhou.

O advogado contou ainda que os processos podem chegar até outros estados. "Se perdermos, vamos entrar com ações no Brasil inteiro, como aconteceu no caso do Lula", lembrou, citando o precedente de quando o ex-presidente foi nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff para a Casa Civil e acabou tendo a posse suspensa.

A acusação de descumprimento da lei trabalhista não é a única que recai sobre Cristiane Brasil. De acordo com O Globo, as 10 parcelas de R$ 1.400 que compõe o acordo feito entre a futura ministra do Trabalho e Moreira estão sendo transferidos da conta de uma funcionária do gabinete dela.

"Esta nomeação é um deboche contra milhões de trabalhadores brasileiros, que têm seus direitos trabalhistas, hoje, ameaçados por uma reforma que Cristiane Brasil ajudou a aprovar. Mas o pior de tudo é a nomeação para ministra do Trabalho de uma cidadã que não observou os direitos trabalhistas mais elementares de dois de seus empregados", criticou o Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro, na última semana. Na ocasião, ela se defendeu afirmando que "ambas as as acusações são injustas". 

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