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Contra vitimização de Lula, Temer pede silêncio de equipe ministerial

Nos bastidores, presidente acredita que a dúvida sobre a candidatura do petista deve quebrar a polarização entre direita e esquerda

Contra vitimização de Lula, Temer pede silêncio de equipe ministerial
Notícias ao Minuto Brasil

18:40 - 24/01/18 por Folhapress

Política Estratégia

O presidente Michel Temer determinou à equipe ministerial que não faça comentários públicos sobre a manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24).

O receio do Palácio do Planalto é de que um comentário elogioso à decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região ou à defesa da independência do Poder Judiciário, mesmo que de forma genérica, possa ser usado pelo petista para fortalecer o discurso de que ele foi perseguido ou vitimizado.

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Para evitar essa interpretação, o próprio presidente afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo, na última quinta-feira (18), que preferia que o petista disputasse a eleição presidencial e não fosse impedido de se candidatar.

Seguindo a orientação do presidente, ministros e auxiliares evitaram comentar nesta quarta-feira (24) o resultado do julgamento.

"Em relação ao ex-presidente, o governo não tem que opinar. É uma questão da Justiça e está sendo resolvida na Justiça", disse Carlos Marun (Secretaria de Governo).

Nas mesma linha, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) manteve silêncio e o ministro Mendonça Filho (Educação) preferiu não se pronunciar.

Nos bastidores, no entanto, o presidente acredita que a dúvida sobre a candidatura do petista, que deve se estender até a véspera da eleição presidencial, deve quebrar a polarização entre direita e esquerda, apontada pelas pesquisas de intenções de voto.

O diagnóstico é de que, sem o petista na disputa, o campo da direita deve perder força e o principal afetado deve ser o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Nesse caso, a aposta é de que sairão fortalecidas candidaturas de centro, como as identificadas com a atual administração, como a de Geraldo Alckmin (PSDB) e de Rodrigo Maia (DEM). Com informações da Folhapress. 

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