Frente de esquerda prevê risco de prisão de Lula a partir do dia 19
Entre as ações previstas em defesa do ex-presidente estão a organização de uma greve de fome no Congresso e de um acampamento permanente em São Bernardo do Campo
© Paulo Whitaker/Reuters
Política Receio
Composta por movimentos de esquerda e PT, a Frente Brasil Popular distribuiu, nesta segunda-feira (5), um cronograma de ações para os meses de fevereiro e março contra a reforma da Previdência e em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Definido em reunião que contou com a participação da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o cronograma aponta para o risco de prisão de Lula na semana do dia 19 de fevereiro.
A possibilidade de detenção é abordada em um capítulo intitulado "jornada nacional de luta contra o fim da aposentadoria e contra a perseguição a Lula". Nele, a frente registra como prioridades a mobilização contra a reforma da Previdência, "bem como a luta democrática contra a inabilitação e prisão de Lula".
"Tais lutas terão seus momentos decisivos na semana do dia 19 de fevereiro. No que tange à Previdência, existe a sinalização de votação no Congresso da reforma a partir dessa data. Bem como na mesma semana o TRF-4 poderá expedir o mandado de prisão do presidente Lula", diz a circular, programando uma jornada que vai do dia 19 ao dia 23.
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A mobilização foi debatida em dois dias, na Escola Nacional Florestan Fernandes. Gleisi participou do encontro de 1º de fevereiro, no qual foi desenhado "um conjunto de ações para o próximo período, frente aos desafios da conjuntura". No dia 2 de fevereiro, a pauta foi o seminário do Congresso do Povo. Cerca de 130 pessoas estiveram presentes às reuniões.
Entre ações previstas, estão a organização de uma greve de fome no Congresso e de um acampamento permanente em defesa de Lula, em São Bernardo do Campo, cidade onde o ex-presidente mora. E também a realização de "uma campanha nacional de pichação e colagem de lambe (cartaz)".
Ainda segundo a circular, a agenda será articulada com as centrais sindicais e a Frente Povo sem Medo. Com informações da Folhapress.