Geddel: 'Amigos de longa data me lançaram no vale dos leprosos'
Ex-ministro prestou depoimento nesta terça-feira, dentro do processo em que é acusado de obstrução de justiça, e ainda afirmou que telefonemas para mulher de Funaro eram humanitários, por solidariedade, e que nunca fez ameaças a ela
© Ueslei Marcelino / Reuters
Política Justiça Federal
Geddel Vieira Lima prestou depoimento, nesta terça-feira (6), na Justiça Federal em Brasília, dentro do processo em que é acusado de obstrução de justiça. Além dele, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também foi ouvido, por videoconferência, como testemunha de defesa do ex-ministro.
Atualmente, Geddel está preso na penitenciária da Papuda, localizada no Distrito Federal. Ele foi denunciado por tentar atrapalhar as investigações das operações Cui Bono e Sépsis. Segundo os procuradores responsáveis pelo caso, Geddel atuou para constranger o operador financeiro Lúcio Funaro e fazê-lo desistir dre colaborar com as investigações.
“Seu modo de embaraçar a investigação se deu por meio do contato de Raquel Alberjante Pitta, esposa de Lúcio Funaro, com quem Geddel Quadros Vieira Lima nunca tivera maiores proximidades”, afirmaram os procuradores.
No entanto, no depoimento de hoje, o ex-ministro alegou que os telefonemas para Raquel Pitta eram humanitários, por solidariedade, e que nunca fez ameaças a ela.
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Logo no início do depoimento, segundo o portal G1, questionado pelo juiz Vallisney de Oliveira sobre seu estado de espírito, Geddel afirmou "que amigos de longa data me lançaram no vale dos leprosos".
O depoimento de Geddel durou cerca de 30 minutos. Ele não respondeu à perguntas do Ministério Público Federal (MPF), por orientação de seus advogados.