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Delegado que investiga Temer pode ser punido, diz Segovia

STF investiga se um decreto do governo Temer foi feito sob medida para atender aos interesses de empresas do Porto de Santos

Delegado que investiga Temer pode ser punido, diz Segovia
Notícias ao Minuto Brasil

06:24 - 10/02/18 por Notícias Ao Minuto

Política Polícia Federal

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, comentou sobre uma investigação envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB). Em entrevista à agência Reuters, Segovia afirmou que não há indícios de que o decreto dos Portos sancionado por Temer beneficiou a empresa Rodrimar. O diretor da PF também sugeriu que não houve crime no episódio.

"No final, a gente pode até concluir que não houve crime. Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos, as pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios realmente de qualquer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime", disse.

Segundo recorda o jornal O Globo, o Supremo Tribunal Federal (STF) investiga se um decreto do governo Temer foi feito sob medida para atender aos interesses de empresas do Porto de Santos. O pedido de abertura de inquérito foi feito ainda pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot.

O inquérito é conduzido pelo delegado Cleyber Malta Lopes, que tem autonomia para conduzir a investigação. Em janeiro, ele encaminhou 50 perguntas ao presidente sobre o episódio. Ao respondel-as, Temer reclamou da "impertinência" dos questionamentos, que teriam colocado em dúvida sua "honorabilidade e dignidade pessoal.

Segovia afirmou que é necessário se aprofundar na investigação, buscar provas em todos os lugares porque, “quando a gente concluir a investigação e não houver realmente o fato, a gente possa afirmar ‘olha não houve crime, não houve o fato’”.

O diretor-geral da PF disse ainda que, caso haja um pedido da Presidência, a PF pode abrir uma investigação interna para apurar a conduta do delegado Cleyber Malta Lopes nos questionamentos apresentados ao presidente no decreto.

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