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Entenda polêmica sobre possível arquivamento de inquérito contra Temer

Segovia foi intimado para prestar esclarecimentos ao STF

Entenda polêmica sobre possível arquivamento de inquérito contra Temer
Notícias ao Minuto Brasil

06:38 - 11/02/18 por Notícias Ao Minuto

Política Diretor

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, deu declarações em entrevista à agência Reuters falando sobre o inquérito dos portos contra o presidente Michel Temer. Segovia afirmou que a "tendência é que a PF arquive o caso", de acordo com a agência.

A entrevista publicada na sexta-feira (9) traz ainda que o diretor da PF declarou que não há indício de crime na investigação contra o presidente e que as investigações até o momento não comprovaram ter havido pagamento de propina no caso.

As declarações geraram polêmica. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Roberto Barroso intimou o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, a confirmar as informações.

Em despacho, o ministro, que é relator do inquérito no Supremo, disse ter considerado "manifestamente imprópria", afirmando que ela pode, em tese, "caracterizar infração administrativa e até mesmo penal".

Na madrugada deste domingo (11), o G1 informou que a agência Reuters atualizou o texto com a entrevista dada por Segovia. A publicação esclarece que o diretor-geral da PF falou sobre a 'tendência' ao pedido de arquivamento, e não confirmando que a Polícia Federal iria pedir o arquivamento. Leia abaixo:

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, afirmou na sexta-feira, em entrevista exclusiva à Reuters, que não há indício de crime na investigação contra o presidente Michel Temer no chamado inquérito dos portos, indicando tendência de que a corporação recomende o arquivamento.

Segundo o chefe da PF, até o momento as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina por parte de representantes da empresa Rodrimar, que opera áreas do porto de Santos (SP), para a edição do decreto que prorrogava contratos de concessão e arrendamento portuários, assinado por Temer em maio do ano passado.

Essa é a única apuração formal contra o presidente ainda em curso perante o Supremo Tribunal Federal (STF), requerida ainda pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segovia disse à Reuters nesta sexta-feira que, nas apurações feitas, não há quaisquer indícios de que o decreto editado pelo presidente beneficiou a Rodrimar. Ele destacou que a empresa não era atingida pelo decreto, que mudou regras de concessão posteriores a 1993, o que não seria o caso dela.

"O que a gente vê é que o próprio decreto em tese não ajudou a empresa. Em tese se houve corrupção ou ato de corrupção não se tem notícia do benefício. O benefício não existiu. Não se fala e não se tem notícia ainda de dinheiro de corrupção, qual foi a ordem monetária, se é que houve, até agora não apareceu absolutamente nada que desse base de ter uma corrupção", disse Segovia.

O diretor-geral da PF também afirmou que a "principal prova obtida no inquérito", a interceptação de uma conversa entre o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, não mostra concordância de Temer com o suposto benefício.

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