Que não sejam capitães do mato modernos, diz Requião sobre militares
Senador criticou intervenção federal no Rio de Janeiro
© Edilson Rodrigues/Agência Senado
Política Tribuna
Em discurso no Plenário, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou, nesta quinta-feira (1º), a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Ele disse ter esperança de que o Exército não atue na repressão à população.
"Tenho a esperança de que, no fundo da alma, eles se recusem a ser capitães do mato modernos a perseguirem os pobres do nosso país", afirmou.
Requião disse ter expectativa de que o Exército ainda siga os princípios do Clube Militar do Rio de Janeiro, comandado pelo então Marechal Deodoro da Fonseca, antes da proclamação da República e se tornar presidente do Brasil. O senador explicou que, à época, o imperador Dom Pedro II convocou o Exército para perseguir escravos fugitivos, mas o Clube Militar se negou a atender o chamado.
+ Temer pode cessar intervenção em 'setembro, outubro' para votar reforma
Requião também fez um apelo para que o Exército não contribua com o que ele considera "projeto de espoliação e de destruição do Estado social”, promovido pelo governo federal. O senador criticou a política de austeridade fiscal em decorrência da Emenda do Teto de Gastos, que limita o aumento de despesas públicas. De acordo com Requião, serão 20 anos sem investimento público em áreas como saúde, educação e infraestrutura.