Cunha quer tirar de Fachin inquérito que investiga Temer
Inquérito apura um jantar no Palácio do Jaburu no qual, segundo delatores, a cúpula do MDB teria solicitado R$ 10 milhões à Odebrecht
© Rodolfo Buhrer / Reuters
Política STF
A defesa do ex-deputado Eduardo Cunha quer que o inquérito que investiga o presidente Michel Temer não seja julgado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. O ex-deputado é citado nos autos do processo, mas não está sendo investigado. Segundo ele, não há conexão entre o que está sendo apurado com os desvios na Petrobras, de responsabilidade da operação Lava Jato.
Como apurado pela coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, o recurso foi protocolado pela defesa de Cunha no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) incluiu Temer no inquérito, em 27 de fevereiro. Esta é a segunda tentativa dos advogados do ex-parlamentar de tirar o inquérito de Fachin. O primeiro pedido foi negado pela presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia.
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O inquérito apura um jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, no qual, segundo relato de delatores, a cúpula do MDB teria solicitado R$ 10 milhões à Odebrecht. Os ministros de Temer Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) também estão entre os investigados.
Anteriormente, o próprio Fachin entendeu que não deveria mais relatar o caso, considerando que não há vínculo com a Lava Jato. No entanto, Cármen Lúcia vetou a redistribuição.
Agora, o ex-deputado pede que o tema seja submetido ao plenário da Corte se o recurso for rejeitado novamente por Cármen Lúcia.