Maia inicia viagens como pré-candidato à presidência da República
Agenda contempla até mesmo o município de Catolé do Rocha, na Paraíba, cidade natal do avô dele, Felinto Maia, pai do ex-prefeito do Rio César Maia
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Política Eleições
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), começou a viajar pelo Brasil, com o propósito de se tornar mais conhecido. Ele lançou sua pré-candidatura à presidência da República no último dia 8, durante a convenção nacional do seu partido.
O primeiro destino de Maia é a Paraíba, onde jantou com empresários e parlamentares, na noite dessa quinta-feira (15), em restaurante na capital, João Pessoa.
Hoje (16), segue para a cidade de Catolé do Rocha, no interior do Estado, onde nasceu o seu avô paterno, Felinto Maia, pai do atual vereador e ex-prefeito do Rio César Maia. Lá, será recebido pelo primo, que é prefeito da cidade, Laurinho Maia (DEM).
"Minha candidatura vai decolar. Pode escrever. Não tem plano B. Pode escrever aí: estou no segundo turno com certeza", declarou Maia em entrevista à imprensa, após a convenção do DEM. "Não tenho dúvida de que nossa candidatura estará no segundo turno e sairemos com vitória", reforçou o parlamentar.
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Da Paraíba, Maia seguirá para o Rio de Janeiro, no sábado (17), e depois voa para Belo Horizonte (MG), onde participará da cerimônia de filiação ao DEM e de lançamento da pré-candidatura ao governo de Minas Gerais do deputado federal Rodrigo Pacheco (MG).
Rodrigo Maia, de acordo com informações da Folha de S. Paulo, também deve estreitar o diálogo com empresários e outros partidos, a fim de dar sustentação à sua candidatura, o que já pôde ser confirmado durante a convenção, quando legendas da base do governo - PP, PR e Solidariedade - estiveram presentes ao evento e sinalizaram apoio a ele.
"Nós do Partido Progressista temos muita esperança em você, de você empenhar nossas bandeiras. Sei que você vai percorrer esse país e os progressistas estarão ao seu lado", disse o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI),
O objetivo é fazer com que o presidente da Câmara decole nas pesquisa de intenção de voto, pois até agora só foi lembrado por 1% dos eleitores. Segundo aliados, o prazo para isso ocorrer é até maio, quando planejam que ele alcance pelo menos 7% da preferência da população.
Maia tem adotado um discurso próprio, defendendo a renovação da política. "Minha opinião é que o Democratas não tem nenhuma necessidade de ser governo. Nossa pauta continuará sendo a de interesse do Brasil, independente de estar no governo ou na oposição. Não é atrás de cargos que o Democratas está", disse.
A ideia é manter-se independente em relação a um governo que tem baixíssimos índices de aprovação e, dessa forma, poder criticá-lo. "Tem coisas do governo do presidente Michel Temer que eu acredito. Tem outras agendas que não foram cumpridas e, na hora certa, poderei criticar", declarou.