Após bate-boca com Gilmar, Barroso envia carta a Cármen Lúcia
Ministro negou as acusações feitas pelo colega, durante sessão no plenário da Corte, de que seu escritório de advocacia ainda estaria em funcionamento
© Ueslei Marcelino / Reuters
Política STF
Depois de protagonizar um bate-boca que fez encerrar a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) e dizer que o colega Gilmar Mendes tem 'pitadas de psicopatia', o ministro Luís Roberto Barroso deixou o plenário e pediu desculpa aos colegas.
"Lamento", repetiu mais de uma vez logo após o encerramento precoce da sessão, por decisão da presidente do STF, Cármen Lúcia.
A discussão começou após Mendes criticar a atuação de Barroso na 1ª Turma do STF. O ministro, então, reagiu e acusou Gilmar de ser uma "pessoa horrível, uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia". Ele rebateu imediatamente, afirmando que Barroso deveria fechar seu escritório de advocacia.
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Por causa da acusação, Barroso também decidiu enviar uma carta à presidente da Corte, afirmando que deixou seu antigo escritório em 27 de junho de 2013, quando nomeado a integrar o Supremo, de acordo com informações do portal Uol.
"Diante da afirmação falsa feita hoje no plenário, venho formalmente comunicar a Vossa Excelência que me desliguei do escritório que integrei, em data anterior à minha posse, e que jamais atuei em processo pro ele patrocinado ou por qualquer dos seus sócios", disse Barroso.
Ao contrário do colega, Gilmar Mendes saiu da sessão endossando as críticas feitas no plenário. "Desonra se faz aplicando uma Constituição que não existe (…). Vou continuar censurando esta prática onde eu estiver. Tenho ódio à manipulação. Tenho ódio à mistificação", afirmou, completando que Barroso "age por ódio".