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'Temer encontrou no Rio de Janeiro o seu Vietnã', ataca Humberto Costa

Senador voltou a criticar intervenção federal na segurança pública do Rio

'Temer encontrou no Rio de Janeiro o seu Vietnã', ataca Humberto Costa
Notícias ao Minuto Brasil

09:38 - 22/03/18 por Notícias Ao Minuto

Política Tribuna

A intervenção federal no Rio de Janeiro foi alvo de críticas do líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PE-PE). Em discurso no plenário da Casa, o senador petista afirmou que a inconsequência do Palácio do Planalto em querer fazer política com a segurança pública transformou o Estado no atoleiro pelo qual o governo terminará de ser tragado.

“Temer encontrou no Rio de Janeiro o seu Vietnã. Assim como ocorreu com os Estados Unidos, ele poderá empregar milhares de homens nesse teatro, mas sairá de lá humilhado, diminuindo o papel de nossas Forças Armadas, porque as jogou numa trama política rasa com fim meramente eleitoral”, afirmou Costa.

“É um governo burro para lidar com criminosos inteligentes, que não são o povo pobre das favelas ou as crianças submetidas a revistas vexatórias de suas mochilas em escolas. Mas, sim, os chefes do tráfico de drogas e de armas que, até agora, não foram molestados pelo governo”, completou.

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Humberto criticou duramente a discriminação pela qual passam as demais unidades federadas, que não estão recebendo os mesmos recursos destinados pelo governo federal ao Rio de Janeiro. Nessa segunda-feira, o Planalto anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para as operações ligadas à intervenção militar no Estado.

“Sem qualquer demérito ao Rio e à grave situação da sua segurança pública, por que os demais Estados e o Distrito Federal não merecem atenção similar do governo para combater a criminalidade em seus territórios?”, questionou o parlamentar.

Ele lembrou a execução da vereadora do PSOL Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida no centro do Rio, na última quinta-feira. “O presidente da República, que agora é o chefe da segurança pública fluminense, tem dois cadáveres no seu gabinete e nenhuma resposta. Cinco dias depois desses assassinatos bárbaros, não há um preso, não se sabe nada. O crime organizado mostrou que sequer se sente intimidado por essa intervenção.”

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