Freixo manda Jungmann 'calar a boca' sobre Marielle e ministro rebate
Ministro da Segurança Pública respondeu a comentários do deputado estadual sobre a intervenção no Rio
© REUTERS / Ueslei Marcelino (Foto de arquivo)
Política Conflito
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, respondeu neste sábado (24) a uma série de críticas do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) sobre a intervenção militar no Rio e sobre a morte da vereadora Marielle Franco. No Twitter, o ministro negou ter dito que a morte de Marielle justificaria a intervenção no Rio.
"Marcelo Freixo, o senhor. tem me acusado de dizer que a morte de Marielle justificaria a intervenção no Rio e de estar fazendo política com o seu cadáver. Como a quem acusa cabe o ônus da prova, diga onde e quando afirmei tal absurdo. Desde já, afirmo que isso é uma mentira. Boa noite", escreveu ele.
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Nesta semana, Freixo concedeu entrevista à revista IstoÉ em que afirma que a intervenção foi uma "jogada eleitoral" e chegou mandar o ministro "calar a boca" sobre a morte da vereadora.
Marcelo Freixo, o sr. tem me acusado de dizer que a morte de Marielle justificaria a intervenção no Rio e de estar fazendo política com o seu cadáver.Como a quem acusa cabe o ônus da prova, diga onde e qdo. afirmei tal absurdo. Desde ja, afirmo que isso é uma mentira. Boa noite.
— Raul Jungmann (@Raul_Jungmann) 25 de março de 2018
"O ministro Raul Jungmann afirmou que a morte da Marielle é o maior exemplo da necessidade de intervenção no Rio. É desrespeitoso, inaceitável", disse Freixo, na entrevista.
"Quero aqui dizer, publicamente, que é lamentável e não vou admitir que ele se utilize do corpo da Marielle. Ele deu uma entrevista dizendo que a morte dela é o maior exemplo de que a intervenção era necessária no Rio de Janeiro. É desrespeitoso, inaceitável, oportunismo barato. Ela virou um símbolo e não foi nós que fizemos, foi ela própria. Ninguém pode fazer uso político-eleitoral disso. É dor que provoca na gente, não dá para transformar em bandeira, não vamos deixar. Que o ministro tenha respeito pela dor alheia e não tente fazer a sordidez de usar do corpo dela como espaço político. Ela era contra a intervenção por achar que não funciona, que é eleitoreira e que pode gerar violência ainda maior nas áreas pobres. Quando a investigação for concluída, vamos entender quem fez e qual foi a motivação do crime. Antes disso, por favor, cale a boca", completou.